É com profunda tristeza que nos despedimos de um gigante da história do Esporte Clube Internacional. José Carlos Susin, o Zezé, ponta direita campeão estadual pelo Inter em 1965 e presidente do clube nas conquistas dos títulos da divisão de acesso (atual Série), em 2013, e da Série B, sofreu um infarto em sua casa na noite desta quarta (16/12). Ele estava com 77 anos.
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Nascido em Caxias do Sul (RS) no dia 15 de agosto de 1943, Zezé começou sua trajetória no futebol nas categorias de base do Flamengo (atual Caxias) de sua cidade natal. Ele chegou ao Inter de Lages no início de 1965, aos 21 anos.
Em sua chegada, Zezé não pôde disputar as partidas da fase final do estadual de 1964, mas participou dos treinos da equipe que acabaria sendo vice-campeã estadual. Rápido e driblador, Zezé assumiu uma vaga no time na temporada seguinte, usando sempre a camisa 7.
O Inter conquistou o Campeonato Catarinense de 1965 em um jogo decisivo contra o Metropol, de Criciúma, disputado no dia 27 de março do ano seguinte - e do qual Zezé foi um dos principais protagonistas. Saiu de seus pés o cruzamento para Anacleto fazer o segundo dos dois gols que marcou na vitória por 2 a 1.
Zezé defendeu o Inter até 1974, quando encerrou de vez sua trajetória nos gramados. Ele fixou residência em Lages, e em 2015 recebeu da Câmara de Vereadores o título de Cidadão Lageano, que reconhecia no papel a ligação afetiva entre o ídolo colorado e a cidade que o abraçou cinco décadas antes.
Em 2016, o Inter homenageou Zezé e outros campeões de 1965 pela passagem dos 50 anos do título estadual. Antes do início da partida do clube contra o Sampaio Corrêa pela Copa do Brasil, os campeões foram aplaudidos no estádio pelos cerca de 3 mil colorados que foram ao Estádio Vidal Ramos naquele dia. Além dos merecidos aplausos diante de um estádio cheio, cada um dos homenageados recebeu uma placa e uma camisa confeccionadas especialmente para o ato.
O Esporte Clube Internacional une-se à família e aos amigos de José Carlos Susin nesse momento de luto. A tristeza é imensa, mas ela nunca será maior que a alegria e a gratidão por termos tido Zezé como parte das nossas vidas.
Muito obrigado, Zezé. Muito, muito obrigado.