O retorno para a Série A já estava assegurado, mas o acesso precisava ser coroado com um título - e o título veio. No domingo, dia 23/11, o Inter perdeu para o Guarani por 1 a 0, mas foi campeão de acordo com os critérios de desempate, que lhe davam vantagem na decisão em caso de derrota por até um gol de diferença.
Longas filas se formaram nas bilheterias do estádio antes mesmo do início da venda dos ingressos, previsto para 14h (o jogo começou às 17h). A torcida estava ansiosa para ver o Inter levantar mais um troféu, quase um ano depois da conquista da divisão de acesso (atual Série C) do estadual. Cerca de 5 mil pessoas assistiram à partida.
Na entrada do time em campo, dezenas de crianças, todas com a camisa do time, acompanharam os jogadores, em mais uma evidência de uma das grandes vitórias do clube desde o início de seu processo de reorganização: os pequenos colorados abraçaram de vez o clube. Mais uma geração de torcedores foi semeada.
A partida foi tensa, amarrada, com cara de final. No primeiro tempo, as melhores chances foram do Internacional. Na oportunidade mais clara de gol, o meia Athos cobrou escanteio na cabeça do artilheiro Alê Menezes, aos 21 minutos. O camisa 9 cabeceou com precisão, mas a bola, caprichosamente, bateu na trave.
O segundo tempo foi ainda mais truncado, mas foi na etapa final que saiu o único gol do jogo. Depois de uma cobrança de falta de Fernandinho para a área do Guarani, a defesa do Bugre rebateu e o Inter cometeu falta na saída de bola. Kapa cobrou com rapidez para Cleiton Garcia e armou o contra-ataque. Cleiton lançou para Tauã, que avançou, ficou sozinho, de frente para o goleiro Pablo, e fez para os visitantes. Com o gol, Tauã isolou-se na artilharia da competição, com 11 gols. Alê Menezes acabou como vice-artilheiro, com 10.
A partir daí, as chances claras de gol no jogo foram muito poucas. E logo a grande ansiedade da torcida era menos com o adversário e mais com o relógio, já que a derrota por 1 a 0 ainda garantia o título.
E foi o que ocorreu. Os jogadores fizeram a festa no gramado com o troféu, entregue pelo presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim de Pádua Peixoto Filho. O sol forte fez boa parte da torcida deixar o estádio antes da volta olímpica.
Mas isso não significa que a festa ficou incompleta. Na verdade, os torcedores deixaram antes o estádio para esperar pelos jogadores em frente à Catedral. O time colorado foi levado ao encontro da multidão pelo caminhão do Corpo de Bombeiros. Lá, o elenco encontrou a massa colorada, que fez uma festa digna de uma das camisas mais tradicionais do futebol catarinense
Em 2015, a primeira divisão do futebol catarinense vai reencontrar as camisas vermelhas pela primeira vez em 13 anos.
INTER 0 x 1 GUARANI
INTER: Pablo, Thoni, Vitor Hugo, Plínio e Fernandinho; Xipote, Bruno (Valdo Bacabal), Emerson Dantas (Sandro Müller) e Athos; Eydison e Alê Menezes. Técnico: Leandro Niehues
GUARANI: Rodrigo Rocha, Cleiton Garcia, Kaká, Fábio Fidélis e Kapa; Brenno, Michel, Evandro e Hégon (Felipe Oliveira); Alan (Diogo) e Tauã. Técnico: Amaro Júnior
Gol: Tauã (13'/2T)
Pagantes: 4.229
Renda bruta: R$ 68.720
***Veja e baixe fotos da partida e da festa do título no perfil oficial do Inter no Flickr
