O acidente aéreo ocorrido na Colômbia nesta terça-feira que matou 71 pessoas, entre elas jornalistas, convidados, comissão técnica e quase todo o elenco da Chapecoense, levou também os dois principais dirigentes do futebol catarinense: Delfim de Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense de Futebol, e Sandro Pallaoro, presidente da Associação de Clubes Profissionais do estado, estavam entre os passageiros.
Delfim comandava a Federação Catarinense desde 1985, quando foi eleito pela primeira vez. Com sucessivas reeleições, o dirigente permaneceu no posto durante esse período.
O ex-presidente foi personagem ativo no crescimento do futebol do estado, ocorrido a partir da década passada - que, de nenhum representante na elite do futebol brasileiro, chegou a ter quatro. Graças à ascensão de seus clubes ocorrida nos últimos anos, Santa Catarina é hoje a quarta colocada no ranking de federações da CBF. À sua frente estão apenas São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Sandro Pallaoro ganhou projeção com a ascensão da Chapecoense, que, entre 2009 e 2014, subiu da Série D à Série A do Brasileiro. Em maio, ele assumiu a presidência da associação de clubes, entidade criada em 1987 e que une as equipes do estado para trabalhos conjuntos. Hoje, a entidade é a que concentra, por exemplo, a decisão sobre o formato das competições do futebol catarinense.
O Inter de Lages está de luto pela morte das 71 pessoas no trágico voo que levava a equipe da Chapecoense e registra seu lamento pela perda da liderança que Delfim de Pádua e Sandro Pallaoro representavam para o futebol catarinense.