A torcida está chateada com a derrota do último domingo contra o Blumenau, e com toda a razão. Não só o BEC foi melhor que o Inter como nosso time jogou muito abaixo do nível a que está acostumado. Mas assim como uma vitória não nos transforma em imbatíveis, uma derrota não significa que está tudo errado. Foi uma derrota, e não o fim do mundo.

Quando o Inter perdeu para o NEC, ainda na fase de classificação, os comentários negativos se estenderam por três semanas. Parecia que já não importavam as vitórias que o time acumulava. Muita gente preferiu, isso sim, remoer aquele resultado negativo - que, como vemos hoje, foi um tropeço, e não o fim da batalha pelo acesso.

Antes de propor um pacto, esclarecemos:

- É ÓBVIO que o Inter não perdeu de propósito a partida de hoje apenas para ter mais um jogo decisivo em casa (e, portanto, uma chance de arrecadar com mais uma bilheteria), como se ouve em boatos esparsos;

- Caso ainda não esteja claro, nosso clube é hoje comandado por um grupo de pessoas que se importam com o Inter e querem o bem do clube. Não está aqui um grupo caça-níqueis, mas um grupo de colorados em sintonia com o que quer a torcida: fazer o Inter voltar a ser respeitado no futebol catarinense. Isso não combina com armações, isso não combina com o Inter que estamos construindo juntos;

- Qualquer insinuação nesse sentido é leviana, maledicente e, sejamos diretos, imbecil. Estamos trabalhando com os jogadores, os funcionários, a torcida, uma cidade inteira, para reconstruir nosso clube. Não jogaríamos isso para o alto apenas para arrecadar alguns merréis em um jogo extra. O BEC venceu porque foi melhor e porque o Inter esteve mal no jogo. Os erros do time serão trabalhados pela comissão técnica, e a coisa toda será diferente nas finais. E nós vamos subir.

Dito isso, segue a proposta: vamos fechar um pacto pelo acesso? Sem caça às bruxas, sem insinuações, sem invencionices, porque isso não vai nos levar a nada. Estamos a dois jogos de sair da terceira divisão.