Ao longo desta semana, o site oficial do Colorado Lageano trouxe a série "O Inter de Lages e a seleção brasileira". Com a série, o Inter marcou o início da Copa 2014 e também o aniversário de 65 anos do clube, comemorados na sexta-feira. A série termina hoje com os perfis de ex-jogadores da seleção brasileira que não chegaram a jogar pelo Inter, mas que foram treinadores do clube.

CRAQUES DE HOJE: PAULO HENRIQUE, TONHO GIL E CUCA

PAULO HENRIQUE (Paulo Henrique Souza de Oliveira) chegou ao Colorado Lageano em 1992 para comandar a equipe que seria vice-campeã da Copa Santa Catarina e chegaria à fase decisiva do Campeonato Catarinense. Sob sua batuta estariam nomes como o goleiro Alceu, o volante Bin e os atacantes Zé Melo e Jones. O ataque era completado pelo ponta-esquerda Paulo Henrique, seu filho, que chegara ao Inter na temporada anterior e se tornara um dos destaques do time naquele período.

Nos tempos de jogador, o técnico Paulo Henrique foi lateral-esquerdo. As boas atuações pelo Flamengo, time que defendia, o levaram à seleção brasileira - e à Copa de 1966, na Inglaterra. Paulo Henrique foi titular em dois jogos daquela Copa: a vitória contra a Bulgária por 2 a 0 e a derrota para a Hungria por 3 a 1. Ao todo ele disputou 13 jogos com a camisa amarela, somando nove vitórias, três empates e uma derrota.

TONHO GIL (Antônio José Gil) foi o comandante colorado no último retorno (até aqui) do Inter de Lages à elite do futebol catarinense. Ele chegou à cidade para substituir Roberto Caramuru. Tonho foi campeão da segundona no time que teve o brilho do atacante Kuki (uma indicação de Caramuru). Com o título, Tonho permaneceu no Colorado Lageano no retorno do clube à primeira divisão.

O ex-meia Tonho foi revelado nas categorias de base do Internacional de Porto Alegre. Em 1983, fez parte do grupo que conquistou o Mundial Interclubes pelo Grêmio. Na temporada seguinte, ele foi emprestado ao Aimoré, de São Leopoldo, o que não o impediu de ser convocado para a seleção brasileira que disputaria a Olimpíada de Los Angeles. No torneio, Tonho Gil não foi um mero figurante: no time que tinha nomes como o goleiro Gilmar Rinaldi e o volante Dunga, ele foi titular em todas as seis partidas e ajudou o Brasil a conquistar a medalha de prata, a primeira medalha do futebol brasileiro em uma Olimpíada até aquele momento.

CUCA (Alexi Stival) assumiu o posto de treinador do Inter de Lages quando Tonho Gil recebeu um convite para trabalhar nas categorias de base do Grêmio. Cuca começou sua carreira de técnico em 1998 - e, nessa função, comandou algumas das principais equipes do Brasil. Seu auge ocorreu em 2013, quando foi campeão da Libertadores da América pelo Atlético Mineiro.

Sua trajetória vitoriosa como treinador já se ensaiava no trabalho que o ex-meia fez no Colorado Lageano. Com uma equipe que retornava da segunda divisão - e da qual se esperava, portanto, que apenas brigasse para não ser novamente rebaixada -, Cuca conseguiu chegar a ser um dos candidatos ao título estadual. O Inter de Lages terminou o Catarinense de 2001 em quinto lugar.

Um dos momentos de maior brilho de Cuca como jogador ocorreu no Grêmio, em 1989, ano em que o clube foi campeão da primeira edição da Copa do Brasil. Embora tivesse seu nome citado com frequência como um que deveria ser incluído nas convocações da seleção brasileira, Cuca teve apenas uma oportunidade. Ele jogou no amistoso entre Brasil e Paraguai, disputado em fevereiro de 1991.

Em tempo: Tonho Gil e Cuca treinaram o S.E.R. Internacional, equipe que representou o futebol lageano entre 2000 e 2002, em um momento de hibernação do E.C. Internacional. Anos depois, como parte da resolução de ações judiciais movidas por credores, a Justiça considerou as duas equipes como uma só. Assim, o Esporte Clube Internacional considera os resultados (e o título de 2000) do S.E.R. Internacional como sendo parte da trajetória do clube.

SÉRIE "O INTER DE LAGES E A SELEÇÃO BRASILEIRA"

Capítulo 1 - Esnel, do Inter de Lages para o mundo

Capítulo 2 - Áureo, um lageano capitão do Brasil

Capítulo 3 - Andrade, craque canarinho e colorado

Capítulo 4 - Adílio, o colorado fugaz

Capítulo 5 - Vitor, a estrela no ano do quase

Capítulo 6 - Mica, Pedro Verdum, Erlon e Tácio: de promessas a realidade

Capítulo 7 - Paulo Henrique, Tonho Gil e Cuca: de craques a professores