O Internacional de Lages só se mantém vivo há 65 anos, mesmo com tantos percalços em seu caminho, porque um exército de homens e mulheres, renomados e anônimos, dedicou parte de seu tempo, seus recursos e suas vidas à causa colorada. Um dos nomes que integram essa lista é o de José Altino Branco Mota - e agora, finalmente, esse grande colorado teve seus esforços reconhecidos.
No último sábado, "Campo Belo", como é popularmente conhecido, foi convidado a dar o pontapé inicial no jogo do Inter contra o Guarani, que acabou com vitória colorada por 1 a 0. Assim, as mais de 2.500 pessoas presentes no estádio puderam fazer um agradecimento simbólico a ele.
Campo Belo (de bigode, conversando com Anacleto Oliboni no último sábado) recebeu ainda uma camisa do clube das mãos de José Carlos Susin, o Zezé, e de Anacleto Oliboni, respectivamente presidente e vice-presidente do Internacional. Zezé e Anacleto são também dois dos maiores ídolos da história colorada.
O homenageado tem mais de três décadas de dedicação ao Colorado Lageano. Nesse período, ele já fez de tudo: foi roupeiro, supervisor, chefe de delegação, responsável por alojamento e diretor - mas foi, sobretudo, um torcedor, que nunca abandonou o clube.
Campo Belo não é um grande empresário, um profissional liberal de renome ou um político influente. Isso em nada diminui sua importância para que o clube pudesse estar neste momento brigando para retornar à elite do estadual. O Internacional foi construído por empresários, profissionais liberais, políticos, mas também por gigantes anônimos, como Campo Belo. É a união de todas essas forças que faz o Internacional de Lages ser uma das camisas mais importantes do futebol catarinense - e é a dedicação desses homens e mulheres que nos mantém de pé.