O adversário, nem suas cores, são os mesmos de 50 anos atrás, mas é por seu nome que o adversário colorado na final da Série B faz muitos saudosistas da bola relembrarem a maior rivalidade da história do futebol serrano. O Guarani, de Palhoça, traz a lembrança de outro Guarani, o Bugre Lageano.
Entre 1960 e 1970, Inter de Lages e Guarani construíram um dos grandes clássicos daquele período no futebol catarinense. Batizado de Guanal, o clássico coincidiu com o período de ouro do futebol lageano. Na década de 60, o Inter foi uma vez campeão estadual (1965), uma vez vice (1964) e representou Santa Catarina na principal competição do futebol brasileiro da época, a Taça Brasil (1966).
O Grêmio Atlético Guarani, por sua vez, brigou ferozmente pelo título estadual de 1968, que acabou com o Comerciário (atual Criciúma). O Guarani terminou o campeonato na terceira colocação.
O Guarani de Palhoça não tem outros pontos em comum com o Guarani lageano além do nome. O Bugre palhocense tem como cores oficiais o azul e o branco, enquanto o Bugre lageano usava o azul e o amarelo, em tons que lembravam o uniforme do argentino Boca Juniors.
Segundo o livro "Aquelas Camisas Vermelhas", de Mauricio Neves de Jesus, que conta a história do Inter, houve 55 Guanais na história. O Inter venceu 24, o Guarani, 18, e houve 13 empates. Na decisão da Série B deste ano, o Guarani que está em campo é outro, mas, ao menos no nome do adversário colorado, muitos saudosistas puderam matar um pouco da saudade do Guanal.