A transição de gerações está completa. Nesta quarta-feira, Martinho Bin, eterno camisa 5 do Colorado Lageano, entregou a camisa 5 a Brenno, atual titular da posição que durante 18 anos foi ocupada por Bin. Com isso, a ponte entre a velha e a nova geração está finalmente concluída.
A passagem de bastão é simbólica, o que não diminui sua importância no processo de reorganização do Internacional de Lages. Bin, o jogador que mais defendeu o clube na história, pendurou as chuteiras em 1994. No ano seguinte, o Inter fez péssima campanha no estadual e ficou quatro anos inativo.
A inatividade do clube, somada aos problemas administrativos e aos anos de acúmulo de dívidas, fizeram o Internacional perder apoio e descer até a terceira divisão do estadual, onde está hoje. Isso impediu que uma geração inteira de lageanos e serranos crescesse tendo o Inter como sua principal referência esportiva.
Em 2013, aos 56 anos de idade (ele completou 57 em setembro, no meio do campeonato), Bin voltou jogar profissionalmente para ser homenageado pelo clube. Mas, para além da homenagem, o retorno do ídolo ocorreu para que se fizesse a passagem de bastão que deveria ter sido feita quase duas décadas atrás.
O Inter está se reconstruindo. Bin e Brenno são testemunhas - e protagonistas - desse processo.